Agnóstica...
Por vezes agnóstica
Coloco no altar das penumbras meus sonhos...
Tola intenção
Adorar um amor oculto, inexistente.
E se veste de culpa e decepção
Vontade no capturar amor,
No capturar sentimentos
Vestígios que seja de momentos
Por vezes condeno-me ao ostracismo
Como pena por me revestir de ingenuidade
Mas logo me liberto de tais amores
Pois sei que é a carência da desesperança
Amarando as correntes no ar...
Espanto quando dilacerada pelas procelas e ventos
Espanto é sinônimo de temor enfraquecido
E a falta de medo leva-nos ao perigo...
Confiança é a delícia de se ter a verdade
Estampada em um sorriso,
Que desbotado não ilumina os olhos
Mas qual cego define a luminosidade
Perdoou-me por te querer ver, ter...
Perdoou-me por a você me ter entregado
Nos seus brancos vivi no nirvana de minha alma,
E dos teus lábios proveio o néctar dos deuses...
E meus ouvidos se encantaram com sua voz melódica
Feiticeiro...
Como naufraga hoje estou
Jogada na praia pelas ondas
Mais ainda com um sopro de vida nos pulmões...
Reconheço.