ALFORRIA DO AMOR
Não tive tempo de dizer os teus poemas
Viraram cinzas antes que chegassem ao fim
Os belos versos que te fiz entre os cetins
Foram queimados com as flores do jardim
Eu as queimei e também sua saudade
Queimei abraços, queimei beijos e vontades
Nas labaredas eu deixei tudo que tinha
A dor da ausência me bateu por meio dia
Mas para mim coisa melhor não poderia
Deixar o jaz na nossa história de folia
Deixar as cinzas irem sós na ventania
E hoje venho para escrever com alegria
Que estou mais vivo por doar-me à alforria,
Que queimar o teu amor não me matou; nem mataria!