RESOLUÇÃO DO SUMIÇO DAS FADAS

CAPÍTULO I – SHERLOCK HOLMES

Meu amigo inseto, Grilo Falante,

apesar de o caso ser muito intrigante

mas lamento muito em entristecê-lo,

pois o sumiço das fadas... não conseguirei resolvê-lo!

Por mais que eu use o raciocínio lógico

o fato, para o meu intelecto, é ilógico

e com isto não consigo obter a solução

do problema. Lamento causar-lhe tal decepção,

porém sou humano e como você sou mortal;

concluí-lo... só através de alguém que conheça o sobrenatural.

CAPÍTULO II – O MAGO MERLIN

Meu amigo Grilo! Meu amigo Grilo!

A notícia que lhe trago não vai deixá-lo tranquilo.

Sinto muito, amigo, por lhe aborrecer,

Todavia o sumiço das fadas não consigo resolver.

A minha magia só tem efeito no mundo dos mortais ou fantástico

e esse caso parece pra lá de drástico,

parece-me estar relacionado a alguma divindade

causando, portanto, em mim a incapacidade

de resolver este problema. Mais uma vez eu lamento,

contudo você pode contar comigo num outro momento.

Bye, bye. Vou para o meu mundo; o meu aposento.

CAPÍTULO III – O GRILO FALANTE

Inveja entre fadas por receberem os meus textos...

Já fiz vários outros poemas e elas não mudaram de contextos.

você precisa ver! Fiz cada poesia mais linda

para trazer as fadas e elas continuam sumidas ainda.

Até a menininha que encontrei chorando triste

por perder a sua fada disse para mim: Grilo, desiste!

Mas lá no fundo da minha alma ainda persiste

que a solução para o sumiço das fadas ainda existe.

CAPÍTULO IV – O SUCESSO DA DEUSA DIANA

Ouvindo a voz de Diana, nem olhei para ela por estar chateado.

Meu amigo Grilo, o sumiço das fadas já está solucionado.

Deusa Diana! Como é que é? Você resolveu o caso?!

Disse eu ainda descrente. Sim! Elas estavam no Monte Parnaso.

Ao escutar isto na mesma hora chorei e saí me beliscando

para ter a plena certeza de que não estava sonhando.

Enfiei com cuidado a minha pata no meu ouvido

para ter certeza de que ele não estava entupido

e o que eu escutara, não era uma ilusão que eu tinha tido.

Ao ver em mim um certo grau de desconfiança

Misturada com uma alegria incontida de criança

ela falou: Grilo, sinto em você uma grande satisfação,

mas agora contenha-se! Ouça-me com atenção!

CAPÍTULO V – A VILÃ DA ESTÓRIA

Pensei comigo: o que aconteceu de diferente

neste mundo encantado? Um grilo de repente

surge e não sendo possuidor de nenhuma magia

dispara a escrever todo tipo de poesia

e deste talento lhe concedido pelo meu irmão abusa

Sem invocar para a inspiração se quer Erato, a musa

da poesia; ela ficou bastante enciumada

e armou um plano de raptar fada por fada

levando-as para o Monte Parnaso, uma mitológica região,

onde os poetas convivem com as musas para ter inspiração

e obter cada vez mais belas poesias: poesia atrás de poesia.

CAPÍTULO VI – AS FADAS NO MONTE PARNASO

Lá com as fadas os poetas eram inspirados a escrever elegia,

que é um poema que só fala de tristeza, de agonia.

Há uma elegia chamada de nênia ou epicédio

que é um excelente e verdadeiro remédio

para levar qualquer um a sentir um terrível tédio,

pois fala da tristeza causada pela morte ou coisa e tal;

com este tipo de poesia as fadas iam se sentido mal.

Também os poetas escreviam outro tipo de elegia

Cujo o tema é uma profunda e enorme melancolia

Em diversas coisas, chamado de endecha ou romancilho.

Com tanta tristeza em versos as fadas foram perdendo o brilho.

CAPÍTULO VII – O DESENCANTO DAS FADAS

Sabe, o que enfraquece muito mesmo qualquer fada

é não acreditar nela e deixá-la bem impressionada

em saber que há tristeza, pois isto não existe aqui nesta terra encantada.

e desde jeito maldoso a fada, pobrezinha,

vai ficando no Monte Parnaso sem qualquer energia

e por isto então para ela não havia

meios de fugir do monte onde se faz poesia.

É como se fosse uma verdadeira lavagem cerebral

deixando as fadas num completo baixo-astral.

CAPÍTULO VIII – O CASTIGO DE ERATO, A MUSA DA POESIA

Puxa vida! Que plano mais mirabolante!

por isto que Sherlock não conseguiu ir adiante

no caso. E o coitado do mago Merlin então...

no mundo da mitologia a mágica dele não funciona não!

Acredito que as outras musas não falaram nada da intriga

em respeito e por medo de perder a Erato como amiga.

E agora? O que vai acontecer com musa malvada?

Como castigo Erato vai virar uma fada

e vai ter como afilhado um menino bem malvado,

que com certeza irá trazê-la de canto chorado

e o castigo só cessará quando esse menino for transformado

num garoto bonzinho, de bom caráter e bem – educado.

CAPÍTULO IX – A RECUPERAÇÃO DAS FADAS

Para que as fadinhas recuperassem suas energias

Apolo mandou outras musas vir recolher suas lindas poesias

que você carinhosamente escreveu para elas,

ao ouvir os seus versos, as fadas tornaram-se novamente belas

e em alguns minutos elas voltaram ao seu normal:

alegres, encantadoras, iluminadas, num maior alto-astral.

Agora aguarde que as fadas já estão de volta, a caminho...

O Grilo Falante então virou para a menina triste com jeitinho:

fique alegre que sua fada já está voltando, meu benzinho!

CAPÍTULO X – AGRADECIMENTO A DEUSA DIANA

Diana, como eu e as fadas poderemos lhe agradecer?

Bem! Você continue escrevendo cada vez mais poesia

fazendo com que meu irmão tenha a cada dia

o orgulho de ser o seu eterno protetor.

Quanto as fadinhas... que elas continuem com amor

espalhando alegria, esperança e solidariedade

a todos os humanos, não só crianças, que na verdade

precisarem dessas energias delas para encarar a realidade.

O FILHO DA POETISA

Filho da Poetisa
Enviado por Filho da Poetisa em 16/12/2009
Reeditado em 16/12/2009
Código do texto: T1980512