SOU TUA

Quantas vezes me negarás?

Três?

Nada será em vão

Nem meu amor

Nem meus rascunhos de poesia

...

Um dia serão resgatados

E juntarei palavras

Que ficaram dispersas

No meu cotidiano morto

Nada é imediato

Amar é para os fortes

Para quem consegue chorar

E o futuro não existe

...

Meu punhal está cego

Não pode defender-me

...

Parte da minha história

Espalhada pelo chão

Podes ouvir o cantar do galo?

Nega-me mil vezes, meu amor

Que antes do amanhecer

Confirmarei: sou tua