Enquanto o sol não chega.
Vem solidão! Traga-me este cálice amargo que eu tomo, vem! Pode vir não se acanhe.
Vem minha amiga! Já que é assim que você se sente, vem fazer companhia com a saudade, vem que o tempo é agora, vem ver o tamanho da minha dor.
Vem porque a própria natureza se tornou cúmplice, afastou as estrelas, escondeu a lua, e me deixou somente uma noite escura para compensar, e lá fora posso ver a chuva que parece chorar por mim.
Vem não se arrependa do teu ato, mas não me julgue como se eu fosse um fraco, pois tu não sabes o tamanho do meu amor, porque não estavas presente quando tudo começou.
Vem... Mas tu bem sabes que no fundo acabas me ajudando, pois é nestes momentos tão só que a gente passa a meditar, e num breve exame de consciência aceitamos e corrigimos os nossos erros, e lá fora... Nem sempre será assim tão escuro.
Vem, portanto agora, porque amanha... Será outro dia.