DESATINOS INCONTIDOS
o espelho que nos espreita
confunde,ofusca imagens
que se tocam , somem
entre o quarto e as sombras
reflexos e aromas ainda no ar
do piano triste que não descansa
sem desejar parar
a melodia sempre a sussurrar
incontido é o grito da alma
que deixou o momento passar
sem conseguir
nas asas do presente voar
busco a noite dos sonhos
o que dentro encontro
pedaços -unidos, vividos-inteiros
lembranças na poesia acordada
as flechas lançadas
os instantes perdidos
nos desatinos desenfreados
encontrei o destino sem destino.
19/07/06