Dinheiro, fera cruel
O dinheiro é uma fera cruel
Tesouro dos desesperados
São folhas espalhadas pelo vento
Que o pobre vê espaçados
Segrega e faz rumor
Exclui e escolhe classes
É seletivo e aborrecedor
É um tesouro de duas faces
Pode acumular riquezas
Pode embelezar alguém
Mas não elimina as dores e tristezas
Sou desprovido de várias coisas
Por causa desse triste exclusor
Que massacra e humilha
Que me deixa sem teatro e "amor"
Mas o dinheiro é incerto
Passageiro e angustiante
Não se iluda com o que
não anda perto, tão longe, tão distante.
Talles Atyhê, 02/12/09