Necrose

Sei que morro a cada dia,

meus pés, meus punhos...

É inevitável resistir

á doçura des ser entregue,

emergir a cada segundo.

pois não há maior contentamento

do que aceitar a única certeza.

Temer seria ofensa,

um insulto;

deixo-me cair em sono incerto,

tenho um mesterioso manto

à minha espera

e sinto minhas vontades

desvanecerem.

Pois a morte

é um cume insondável

aos leigos;

é preciso penetrá-la calmamente.

Assim me entrego

desejavelmente,

sem medo de segredos...

Minha boca meus olhos

errantes.

Estou envolto em terna cobiça

indesejosa.

Sinto-me sensívelmente

motivado...

...ouço não,

em forma de sim.

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 25/05/2005
Código do texto: T19733