O Não Poeta!

Não vou ficar fazendo tanta poesia,

Nem ficar surtando a cavar novas rimas,

Todo mundo espera o admirável mundo novo,

Sim, espera sim, desconstruindo os defeitos,

Alegorias da alienação ou mera fantasia!

Não vou esperar por tantos prelos,

Nem ficar cercando madonas, obras-primas,

Enternecer loucuras & um coração tolo,

Uma enciclopédia de formas & objetos,

Da pena ao papel, outras vozes, martelos!

Não vou calar ou falar em demasia,

Nem ficar alheio com as bocas finas

Aconchego gerando tanto consolo,

Soleira partida, uma nau & tantos tetos,

Os dentes cravados com muita volúpia!

Não vou escrever como o poeta fazia,

Nem ficar misturando cores com sinas,

Milenar na derrocada de um povo,

Em toda a ação a que estamos sujeitos,

Até mesmo criar uma nova alquimia!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 19/07/2006
Reeditado em 05/09/2007
Código do texto: T197318
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