O Não Poeta!
Não vou ficar fazendo tanta poesia,
Nem ficar surtando a cavar novas rimas,
Todo mundo espera o admirável mundo novo,
Sim, espera sim, desconstruindo os defeitos,
Alegorias da alienação ou mera fantasia!
Não vou esperar por tantos prelos,
Nem ficar cercando madonas, obras-primas,
Enternecer loucuras & um coração tolo,
Uma enciclopédia de formas & objetos,
Da pena ao papel, outras vozes, martelos!
Não vou calar ou falar em demasia,
Nem ficar alheio com as bocas finas
Aconchego gerando tanto consolo,
Soleira partida, uma nau & tantos tetos,
Os dentes cravados com muita volúpia!
Não vou escrever como o poeta fazia,
Nem ficar misturando cores com sinas,
Milenar na derrocada de um povo,
Em toda a ação a que estamos sujeitos,
Até mesmo criar uma nova alquimia!
Peixão89