Vai idade
Gira mundo na ciranda da
Epopéia tresloucada
Invadida por ações inusitadas
Versadas em páginas esgarçadas,
Repleta de sentimentos
Por decrépitos sorridentes,
Inocentes, já sem dentes
Que vacilam nas ladeiras
Vai e vem de vaidades,
Instaladas em rugas fundas
Inundadas de vivências
Arrancadas das entranhas
Dos senis aventureiros,
Na levada de uma vida
Estendida e sulcada
Nos guardados da mente
Que oscilam e pelejam
Em manter-se enlevadas
Nas idéias
- já tão passadas,
Lástima e saudade
Passado, presente...
E o futuro quem garante?
Cada dia é novidade e vitória
E espera...
De não ter tão logo,
Que chegar-se ao jazigo.