O DONO E O MENDIGO

Acreditamos nos bloquinhos, quadro de produção

sentidos, pra quais moçinhas, modo perpetuação.

Não quero enfrentar a fila, cansado e devagar

Sinais sem comoção, na corrupção eu sei ganhar.

Se eu chamo os santos agora, agora não podem não,

Em quais canais... botões pra apertar

Explique-me tudo as sós, só a nó na perseguição...

Reclamando tanto me desespero, nada em produção, cuspindo pra todos os lados, lados sem direção, não tenho e nem broto.

Eu quero, eu vi e posso atropelo nos meus modos cão.

Tudo a vendas pra quais negócios, não imploro, interrogação.

Mal idas, esbanjado, me perco em tradições...

Infeliz, o que eu faço, retratando a calçado um palco.

Artista de qual passado? Me diz por que ação...

Ele o chama-o de mendigo, não solte sua razão

Vendo arte e em troca, prossigo... O troco, para o pão...

Desenho a música certa, minha boina estendo ao chão

Nem por isso reclamo, vejo o que há por perto,

Perto do longe encurtando prostituição...

Mocinho olhe o céu, as aves e seu clarão

Seu semblante modificado, o acaso da expressão

Vista roupas largas e largue a pretensão

Não brigue e nem reclame, clame o Deus dos bons.

Se és dono eu sou mendigo, benigno por meu dons

Não atravesso e nem indigno, sensível por vocação.

OSMAR ZIBA
Enviado por OSMAR ZIBA em 11/12/2009
Reeditado em 01/10/2013
Código do texto: T1972441
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