DIREÇÕES
No quarto empoeirado
Reviro o baú de arrependimentos.
Um turbilhão de saudades,
Vidas remotas, vidas que não foram minhas,
Misturando-se e perdendo-se no tempo,
Espaço e pensamento.
Tamanho porão de meus guardados
Que soterrado de memória,
Agora se esvazia em esquecimento,
Indo e voltando de acordo
Com as mazelas da rosa-dos-ventos
Que ao indicar-me o sentido hoje,
Perco o tino amanhã.