NÃO, NÃO É O FIM...
(Aos pais)
Momento difícil não é o fim,
Mal amanhece o dia
E tantos já passaram por mim,
Eles já andam em outra via
E lá também deve amanhecer,
E eles não pensam mais
No que temos pressa de viver,
Eles só vivem na eterna paz
E eu é que tenho muito que pensar.
Meu sacrifício bate á porta,
Sinto que a solidão me chama
E cada dia tem uma hora morta,
O fim não vem quando anoitece,
Não é o futuro que bate à porta,
É a cisma que a gente não esquece,
E agora eu só penso nas
Horas que mato,
Agora eu só ouço o corpo falando
Da minha postura,
Do cansaço e maltrato
E que eu só deveria
Estar amando,
Isso deveria ser
O mais significativo.
*
Quando os pais morrem
Finda o dia,
Lágrimas escorrem,
Um pedaço de você desfia,
E, como é difícil juntar as linhas
Para refazer o pano;
As tiras já não são as mesmas,
Às vezes tudo parece engano,
O tempo não passou
E o berço é seu barco.
Não... O futuro não chegou,
Quem lhe afaga é o marco,
É a ponte para o cais.
Aquilo que se busca,
Quase não se lembra mais,
Só a dor é visível.
Quem foi dormir agora?
Há alguém aí fora?
Aqui dentro é tão frio
E há pedras sob o rio,
Mas seu barco corre
Para mais um dia vivível.
(Aos pais)
Momento difícil não é o fim,
Mal amanhece o dia
E tantos já passaram por mim,
Eles já andam em outra via
E lá também deve amanhecer,
E eles não pensam mais
No que temos pressa de viver,
Eles só vivem na eterna paz
E eu é que tenho muito que pensar.
Meu sacrifício bate á porta,
Sinto que a solidão me chama
E cada dia tem uma hora morta,
O fim não vem quando anoitece,
Não é o futuro que bate à porta,
É a cisma que a gente não esquece,
E agora eu só penso nas
Horas que mato,
Agora eu só ouço o corpo falando
Da minha postura,
Do cansaço e maltrato
E que eu só deveria
Estar amando,
Isso deveria ser
O mais significativo.
*
Quando os pais morrem
Finda o dia,
Lágrimas escorrem,
Um pedaço de você desfia,
E, como é difícil juntar as linhas
Para refazer o pano;
As tiras já não são as mesmas,
Às vezes tudo parece engano,
O tempo não passou
E o berço é seu barco.
Não... O futuro não chegou,
Quem lhe afaga é o marco,
É a ponte para o cais.
Aquilo que se busca,
Quase não se lembra mais,
Só a dor é visível.
Quem foi dormir agora?
Há alguém aí fora?
Aqui dentro é tão frio
E há pedras sob o rio,
Mas seu barco corre
Para mais um dia vivível.