FAZ DE CONTA

Quero erguer um brinde

Ao teu bracelete de pedras

Não me pergunte

Em que galáxia estou

Ou por quais veredas

Me descaminho.

Tudo o que importa

É que nada importa

E somos assim

Feitos de argila ou aço

Faço as contas do que faço

Tantas fatias desfaço

Que quase nada resta.

Faça de conta

Que o tempo é precioso

E um compromisso urgente

Nos chama a toda hora

Finja que a luz não foi cortada

(pois que os seus saldos só andam no vermelho)

Quero exaltar seu penteado

Num arroubo de romantismo

Fora de moda

Jura que sabe fazer suflê

Afirmo que sei apreciar.

Sugira que já disse tudo

Faço caras de quem já entendeu

E estamos conversados...

MARINA ALVES
Enviado por MARINA ALVES em 10/12/2009
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