O Eterno Dilema
 
Na brandura do amor
perante a dúvida
surge a tua ausência
na solidão dos tempos
 
Sinto-me só
neste encobrimento
austero do teu amor
por ti esquecido
 
Foram duras as tuas palavras
no silêncio das neblinas
na ausência da tua ternura
na saída intempestiva
 
Tornei-me um solitário
numa casa vazia
sem o teu odor
a tua sensualidade
 
A fragilização do amor
transformou-se em doença
na solidão da montanha
de um amor transtornado
 
São frases que queimam
meus lábios sequiosos
na distância e na solidão
de um corpo desfeito
 
Tocam à campainha
A insensatez rodeou-me
mas fui abrir
coberto de raiva
 
Afinal eras tu
Para quê?
Para me amares de novo?
na incerteza fiquei
 
Querias paz
e um desejo renovado
de um amor reaberto
para a eternidade
 
Entrou o dilema da incerteza
mas tu beijaste-me
como nunca
naquela noite de verão
 
E o amor aconteceu.
 

pedrovaldoy
Enviado por pedrovaldoy em 10/12/2009
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