Involuntário
Sou involuntário das minhas fobias,
Das minhas manias, das minhas piruetas,
Sou giratório, uma antena involuntária.
Sou um canal sem sinal, sou som de chuvisco,
Antena nua e descabelada sou involuntário da lama
E da chuva, garoa chata no fim de semana.
Perturbo a santa, a puta, desmancho pinturas, desfaço
Rostos feito de papel viro biruta dando cambalhotas
Na avenida movimentada.
Sou involuntário dos meus risos, da loucura,
Do devaneio, da minha dança de louco,
E eu salto no involuntário dos abraços seu e
Procurando conforto, aquecer do medo e
Depois ouvir sua voz de anjo a cantar.
Não queria ser o astro desse poema...
( Rod.Arcadia)