COLISEU

A cidade escorre

pelos rádios

e pelos celulares

e se perde

no dilúvio do caos

individual

A cidade entra

pela janela

e pela TV

e dissolve

no canto da sala

ecos banais

A cidade esquece

de entrar nas casas

de falar nos cafés

e se divide

caos é o olho lagrimejando o horizonte

verbo é entender o chão

O caos uma pedra

que a cabeça não soletra

o verbo um número

que a boca não mordeu

o verbo

é a cidade no Coliseu