No silêncio da noite...
No sil~encio da noite...
No silêncio da noite, um grito!
Como um raio que se espande e tudo toca,
Um rio que tudo abraça e arrasta...
Um pássaro que plana, cheio de graça,
Uma brisa que passa!
No silêncio,
Na escuridão... Uma adaga,
Que cortando o ar me rasga!
E voa, e passa, me trespassa... E passa!
Qual um grito,
O raio,
O rio,
O passaro,
A adaga...
Destroça-me!
E em meio à escuridão,
Á um silêncio que angustia,
Com as entranhas a mostra,
O coração trespassado,
A adaga volta e golpeia, e golpeia... Golpeia!
-As nossas lembranças me matam...
23/11/84
Edvaldo Rosa