Palavra, de um olhar vil,...
Palavra, de um olhar vil,
Serpenteia entre os cantos
Meandros de múltiplas paredes
Vem de agravo ao agravo
Sem ser cravo
Pura rosa em seu espinho
Mas fala de amor
Fala de vida
Das coisas do tempo
E que deste não pode esquecer
Sem ser poeta
Ferino punhal
Cruza o ar
A desfecho
Em si, afinal.
(Palavras são como as mulheres. Preferem os cretinos. - Brecht).
Peixão89
Reflexos – 1984