Nem ao mar, nem a terra!

Nem ao mar. nem a terra...

Procurando-te...

Nos pratos de balanças,

Nos punhados espalhados,

Nas palmas das mãos librianas...

Apanhei-me!

Olhava o prato, as palmas,

E o que via não me bastava...

Nem me reconstituía á vida,

A perdida, confiança, desgarrada!

Um mar a palma esquerda,

De lágrimas e soluços havia.

Na direita,

O amor, que ferido sangrava!

Um olhar-labareda tênue,

Com esperança ia,

A olhar a esquerda, chorava,

A direita ria!

Nem ao mar, nem a terra aderia!