Nosferattu
Quando a noite chega,
Reluz o brilho da tão esperada madrugada,
Força a hora. do destino sem razão...
Por mais que o dia enfrente a treva,
Este ainda... não será o fim...
Sereno e calmo,
Conduz-me ao insólito,
Dá-me calma, e desperta meu anoitecer,
Sem saber a menor diferença...
De vida e morte.
Como num pesadelo sem paz...
Sonhamos com o veneno...
Que o descanso nos trás...
Pois o que vemos o que somos
Nos parece sonhos dentro de sonhos...
Mostra-me o alívio soturno,
Desta dor eterna, que aprisiona minha’lma
Liberta-me... inocente...
Desejo contínuo, lança parte de minha ira,
Que com a mesma nevitabilidade pela a qual a pedra cai no chão,
O lobo faminto enterra as presas na carne de suas vítimas,
Sem a consciência de representar.
Ao mesmo tempo o destruído e o destruidor.
Faz gemidos, música aleatória,
Que se transforma em uma sinfonia
De pesadelos ao luar...
Sono profundo,
Traz-te sonho inanimado,
E te machuca, a esta realidade infeliz...
Fuga e ilusão,
Se funde com esperança e alegria,
Deixa-nos suspensos,
A triste espera...
De mais um dia.
" Tudo vive num contínuo fluxo sobre a Terra.
Nada aí conserva uma forma constante,
Determinada, e as nossas afeições que se ligam as coisas exteriores,
Passam e mudam necessariamente com elas.
Sempre à nossa frente ou atrás de nós as recordam o passado que não existe,
E antecipam o futuro que muitas vezes, não se realiza."
( Jean-Jaques Russeau )