Nosferattu

Quando a noite chega,

Reluz o brilho da tão esperada madrugada,

Força a hora. do destino sem razão...

Por mais que o dia enfrente a treva,

Este ainda... não será o fim...

Sereno e calmo,

Conduz-me ao insólito,

Dá-me calma, e desperta meu anoitecer,

Sem saber a menor diferença...

De vida e morte.

Como num pesadelo sem paz...

Sonhamos com o veneno...

Que o descanso nos trás...

Pois o que vemos o que somos

Nos parece sonhos dentro de sonhos...

Mostra-me o alívio soturno,

Desta dor eterna, que aprisiona minha’lma

Liberta-me... inocente...

Desejo contínuo, lança parte de minha ira,

Que com a mesma nevitabilidade pela a qual a pedra cai no chão,

O lobo faminto enterra as presas na carne de suas vítimas,

Sem a consciência de representar.

Ao mesmo tempo o destruído e o destruidor.

Faz gemidos, música aleatória,

Que se transforma em uma sinfonia

De pesadelos ao luar...

Sono profundo,

Traz-te sonho inanimado,

E te machuca, a esta realidade infeliz...

Fuga e ilusão,

Se funde com esperança e alegria,

Deixa-nos suspensos,

A triste espera...

De mais um dia.

" Tudo vive num contínuo fluxo sobre a Terra.

Nada aí conserva uma forma constante,

Determinada, e as nossas afeições que se ligam as coisas exteriores,

Passam e mudam necessariamente com elas.

Sempre à nossa frente ou atrás de nós as recordam o passado que não existe,

E antecipam o futuro que muitas vezes, não se realiza."

( Jean-Jaques Russeau )

George Wallace
Enviado por George Wallace em 08/12/2009
Código do texto: T1967473
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