Verbum pro Verbo*()
Dar-te-ia poemas de amor
gerados pelo meu coração em ira
onde queimo em pira teu nome
e renego teus afetos vencidos?
Se tu incendeias minha alma em agonias
e marcas minha pele em vão desespero,
inúteis são teus pesadelos programados
já que nos teus céus, sangrarei teus dias
Não esperes então,
nada que venha da minha alma profunda,
pois é na minha brutal sensaboria
que cultivo o asco pelo bem que te valia
E então aprenderás a rabiscar sobre meus versos,
acinzentando tal qual teus olhos cortantes
Derramar-se-ão ao chão imundo, rimas presas a celas
E se não te é ainda de todo o mal que te bendigo,
malditos sejam teus desejos que me contrariam!
*Palavra por palavra