poema do cavaleiro que chega a casa
Ah, luz, que não sei de onde vens,
Súbita onda que percorre
Céus de esperanças já envelhecidas:
Tênue fortaleza de cristal vestindo
A fragilidade do meu pobre coração,...
Peço-te:
Na tarde que declina, rapidamente
Abre a porta para este cansado cavaleiro,
Faz com que destas obscuras armas que carrego, das
Agruras fatais de um Fiel do Amor,
Brotem sonhos bons na noite que anuncias.
Inclina sobre o meu leito o teu vulto de flor,
Ouve o que te sussurro com carinho.
...
Assim, amanhece, e de novo estou sozinho:
Mas resquícios da tua claridade
Orbitam e incensam o espaço do meu quarto.
Rosas, sombra e perfume restam, enfim.