no delirio a caminhar

eu caminho por pontes de pedra

e contemplo os abismos

eu caminho junto a sombra dos anos

que o sol ainda nao esquentou

chego ao vale

e contemplo os quatro cavaleiross

avanço e eles nao me veem

mais ao longe o lago

de beleza acida

escuro negro e lodoso

vejo os fantasmas

milhoes deles

sao de alguma forma as minhas ilusões

sigo caminho

e as voses em uma mistura

de descupas lamentos e injurias

em unisom

concentro-me no horizonte metalico

e os esqueço

eles morreram...

e eu continuo a caminhar

começa a chover o velho enchofre

e eu caminho sobre as brasas

na floresta de arvores em chamas

que nunca se apagao

foi no bosque da saudade

que eu te vi

sentada em um trono de

desilusao marmorea

e em sua frente

uma cascata das lagrimas que eu mesmo derramei

a prata de meu disperdicio

era adorno em pedras

no seu vestido branco

feito com pedaços do meu ceu nublado

e costurado em depressao

e finalmente o colar

o sol que voce me roubou...

e que eu nunca mais vi

simbolo eterno do nosso amor

mais dessa vez

eu continuei a caminhar....

AbnerSohel
Enviado por AbnerSohel em 06/12/2009
Reeditado em 12/04/2010
Código do texto: T1963145
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.