no delirio a caminhar
eu caminho por pontes de pedra
e contemplo os abismos
eu caminho junto a sombra dos anos
que o sol ainda nao esquentou
chego ao vale
e contemplo os quatro cavaleiross
avanço e eles nao me veem
mais ao longe o lago
de beleza acida
escuro negro e lodoso
vejo os fantasmas
milhoes deles
sao de alguma forma as minhas ilusões
sigo caminho
e as voses em uma mistura
de descupas lamentos e injurias
em unisom
concentro-me no horizonte metalico
e os esqueço
eles morreram...
e eu continuo a caminhar
começa a chover o velho enchofre
e eu caminho sobre as brasas
na floresta de arvores em chamas
que nunca se apagao
foi no bosque da saudade
que eu te vi
sentada em um trono de
desilusao marmorea
e em sua frente
uma cascata das lagrimas que eu mesmo derramei
a prata de meu disperdicio
era adorno em pedras
no seu vestido branco
feito com pedaços do meu ceu nublado
e costurado em depressao
e finalmente o colar
o sol que voce me roubou...
e que eu nunca mais vi
simbolo eterno do nosso amor
mais dessa vez
eu continuei a caminhar....