Na ponta da cabeça

Encontrei na subjetividade

das atividades

que se fingem objetivas

O avesso.

Nada o é

Na tentativa de ser

inconsequente, revela-se por diferentes espectros.

Da tentativa de compreender,

descobertas nebulosas...

Quebrar a casca

Não explica o germinar.

Debaixo das unhas

A força pra lutar,

Na página finda

A inspiração.

A elasticidade

nos torna vulneráveis...

Irrefutavelmente,

loucos a se adaptar

esquisofrenicamente

irracionais, imorais, insanos

invadidos pelos sentidos

com estupor.

A palavra ficou na garganta

Engasgou.

A coragem,

pelo ralo vasou.

Ao ler páginas a fio,

imagens fragmentadas.

Mas a minha história,

mal acostumada,

penetra a razão

E já não sou

sozinho

Sou o todo

em cacos

no caos

e insegurança

da racionalidade.

Fernanda Ritis
Enviado por Fernanda Ritis em 05/12/2009
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