ENTRENTANDO 2012 (2)
Todo mundo fala, lê e repercute
O calendário maia de conta-longa,
Do dia, o último dia, para que escute
Dentro desta algaravia a songamonga
Desatenta, e o mais alerta dos abutres,
Um, para voar bem alto, o outro, que lute
P’ra que à morte súbita refute,
E que tenha na lembrança a boa sorte,
Pois ficará por tempos sem ter Norte,
E sem a luz do dia, sem ter paisagem,
Participar da viagem sem bilhete,
A partida e a chegada em defasagem,
Insólita, impensável, sem passaporte,
Num sinal estrondoso, sino e aríete.