ENTRELINHAS

Nas entrelinhas

do que existe

esmagam-se poesias apertadas

e desabam no chão

em camas equidistantes

buracos não habitados

rodas-gigantes...

Reviram-se

e dão poemas zonzos

bebâdos de si

tagarelantes

falam bobagens

criam e recriam cenas

fustigantes...

Já suados e cansados

descem em pausa

um hiato forçado

ditongo aberto

realejo

que não rima

sujeito coerente

ao verbo

predicado mais que distante

Helena Istiraneopulos
Enviado por Helena Istiraneopulos em 17/07/2006
Código do texto: T196085
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