Diálogo
Numa conversa à tarde,
sinto o rosto da poesia.
Do breve sonoro alarde
que exprime a rebeldia.
As palavras soam
como o sino do acaso.
E os sentimentos se atordoam
ao meu lado.
O que escrevo
já não é memória.
Meu pensamento torna-se crivo
de uma história.
O diálogo funesto
que irrompa a sonora multidão.
Sou dois em pleno manifesto
do silêncio em nosso coração.