Seriemos...
Lagartixa de fogo
Rasta safári
Antenas ou quase?
Dreadlocks
Campari
Fel nas queimadas
Torrada de cana
Beijo travoso de um bom cajá?
os coronéis destreinados
Tiram as fardas
Pra brincar...
Ultraje a rigor?
Pelados, pelados
Nus com a mão no bolso
No interior de uma brasília amarela
Aguenta os trancos
Das estradas de terra
Charretes tombam à meia noite
E as abóboras posam
Para os calendários do ano X
Extreme...X treme
Corta M...
Podas, podas, podas
Silêncios das catacumbas
Mamãe Oxum já recebeu o prato
E entre os gatos pardos
Não morreu nenhum...
Costumes de telhados
Criam sempre mais um
Vícios vadios proliferam
Tanto quanto os coelhos
Pró-álcool arrebenta
Ressaca nos becos
Bueiros
Berreiros....
Coaxam os sapos, sempre brejeiros
Mutantes
Mutantes
Genéricos
Refeitos
Efeitos
Larga...atchimmm...chares
Alagares sem peiotes
Cio de coiotes?
Mudas na Irlanda hibernam
Doce, doce inverno
E as lagartixas demodé
Arrancam a pele
E vestem meias listradas
Com sapatos bicolores
Cavalos de aço
Loucura em mini
ATura...
Fecham a lona por dentro
Espetáculo
Os lobos precisam de óculos
Para enxergarem melhor?
As lagartixas dançam com lobos
Batendo na boca úúú
Chamando a chuva
O amor nasceu cru
Pra ser comido a olho nu
Bom sentido pra rendez-vous
Antes mesmo da chegada do sol
Os bichos estão soltos
E os solta florestais
Enxergam no escuro
Alimentando-se de seus sumos
Os dragões tatuados nas costas
Cospem fogo, incinerando a liberdade
Onde agora reside a ciência
Do ine(xp)licável
Sui generis...
Burburinhos
Ou gêmens
Em nome do pai, do filho e da mãe
Que os pariu
Bendito é o ventre e o fruto sutil
Surrupiados dos ecos
A natureza descansa nas cinzas
Mas quando preciso se renova
Como pulmão cor de rosa
Nasceu uma rosa
Nasceu uma rosa
E os bichos sorriem e gozam
A alegria de estarem juntos
No meio de paisagens exóticas
Quem foi que disse que amor precisa de hora?