Eternos Ais...
Quando meu nome foi escrito, foi com letras escuras em papel sujo...
Uma história abstrusa, imunda e sem graça a ser escrita...
Os jardins de meu existir são de espinhos e abrolhos...
Tudo numa hora absurda...
Foi então que o Cara lá de cima resolveu dar-me algo...
Que mais poderia me dar senão o dom de versar a dor?
Ensinou-me a largar letras de forma a se tornarem belas...
E continuou a vir muita inspiração em forma de dores e abandono...
Aceito meu fadário de um sempre escandaloso e nada alvissareiro...
Debruçado em meus ais recolho-me sempre a forma fetal a soluçar em lagrimas cada vez mais comuns...
O “escolhido” sempre a versar e achar uma “graça” o padecer...
Minha busca de versos (ou dores pra inspira-los) continuou e continua,
Sem fim, meu fim... finou!
De eternos só os meus Ais nome e sobre-nome...