Eternos Ais...

Quando meu nome foi escrito, foi com letras escuras em papel sujo...

Uma história abstrusa, imunda e sem graça a ser escrita...

Os jardins de meu existir são de espinhos e abrolhos...

Tudo numa hora absurda...

Foi então que o Cara lá de cima resolveu dar-me algo...

Que mais poderia me dar senão o dom de versar a dor?

Ensinou-me a largar letras de forma a se tornarem belas...

E continuou a vir muita inspiração em forma de dores e abandono...

Aceito meu fadário de um sempre escandaloso e nada alvissareiro...

Debruçado em meus ais recolho-me sempre a forma fetal a soluçar em lagrimas cada vez mais comuns...

O “escolhido” sempre a versar e achar uma “graça” o padecer...

Minha busca de versos (ou dores pra inspira-los) continuou e continua,

Sem fim, meu fim... finou!

De eternos só os meus Ais nome e sobre-nome...

Wagner dos Ais
Enviado por Wagner dos Ais em 02/12/2009
Código do texto: T1956996
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