Identidade

Sou a chama que arde na tarde,
tão distante!
Sou cama que acolhe,
qual molhe,
um amante!
Sou água nascente,
corrente de mágoa!
Sou vulcão,
torrente de sinuosa lava!
Sou raio de Sol,
na bruma cerrada!
Sou nau assombrada,
em escura enseada!
Sou chuva,sou vento,
Sou dor e tormento!
Sou estupor e a dor!
Sou lança, Sou arco,
Sou cor de esperança!
Sou suspiro, sou grito,
sou um gesto aflito!
Sou boia, sou ancora,
sou bote de papel!
Sou vaga revolta,
sou névoa à solta,
sou a perdição!
Sou femea,sou mãe,
sou amante-amada !
Sou íngreme Estrada,
Que te leva ao nada!
Sou tudo isso,
E nada quis ser!
Nem poeta sou…
Apenas Mulher!
Aguarela Matizada
Enviado por Aguarela Matizada em 17/07/2006
Reeditado em 18/05/2010
Código do texto: T195662
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