Abrolhos!
um só sentido
cristais de ondas
por terras ouvidos...

Malemolência
em  termas azuis
seios à mostra
corpos nus...

e  sem caminho
rastreie passarinhos
virando curvas do tempo
em busca do ninho...

até que a sombra feche o sol
derreta as lembranças
renda-se à tenra preguiça
brinde à inconstância

Abrolhos! Pro  encanto
afogue seu pranto
varrendo com palhas de coqueiro
pensamentos desordeiros

Abrolhos! Pra vadiagem
pras falésias  do instinto
como tilintam taças
nas noites de vinho  tinto...

Abrolhos!   Pro silente 
que grita  o  contido
pro  mel que escorre pela tarde
na pele que ainda arde.







TACIANA VALENÇA
Enviado por TACIANA VALENÇA em 02/12/2009
Reeditado em 02/12/2009
Código do texto: T1956492
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