Escravos da Liberdade
As grades que me faziam prisioneira
se abriram como o sublime milagre do mar
e o alvedrio de uma vida corriqueira
tornou-se um pouco do saber amar
me prendia a perpétuas ilusões
e minha existência era apenas uma ruína
eu era um paralelo de emoções
tragédia e comédia de vida surdina
Detida, vi-me desmoronar
cheguei ao píncaro de um precipício
neste momento estou eu a lutar
para viver sem nenhum desperdício
Quando até as esperanças se amarguram
é custoso escapar do sofrimento
então existem mãos que te seguram
e o mundo sem Deus é pleno esquecimento.
2004