A Duvida de um eterno “Ser”
Sou a sombra de um brilho sem luz
sou tudo ao mesmo tempo sem tempo
sou o alface sem agrotóxico
sou a cama sem lençol
sou meus olhos seguindo o sentido
sou a dança dos lobos solitários
sou um Deus provido de pecados
sou a guitarra de dois braços
sou a perfeição da imperfeição
sou o sorriso da boca banguela
sou os pés descalços dos andarilhos
sou a semente do entusiasmo
sou a mente acesa no escuro
sou a fonte de um desejo imaturo
sou a morte pedindo carona
sou a vida de motorista particular
sou a plenitude da atitude
sou a escada do destino
sou a vela sem fumaça
sou o navio a deriva
sou o mágico de OZ (a prisão)
sou o evangelho segundo são Lucas
sou discípulo da realidade
sou os pingos de chuva ácida
sou a percepção do caos na lama
sou a jangada de madeira podre
sou a formiga que carrega o fardo
sou o boneco de neve da América do sul
sou o quadrado perfeito da hipotenusa do ego
sou feliz sem saber
sou pobre, enriquecido
sou louco em sanidade
sou eu mesmo...
mesmo sendo eu...
Posso ser tudo ou nada
ou ser apenas eu...
ou a duvida de um eterno “ser”
que nunca é nada
ou finge ser
::: Revirando meus arquivos, achei esse escrito que escrevi há tempos atrás e nem lembrava mais, deixei tal qual foi escrito sem mudar nada...detalhe isso foi bem antes de quando passava o seriado OZ na TV, pois eu ja tinha todos os espisódios e assisti bem antes, fiz até uma alusão em um dos trechos...sou o mágico de OZ (a prisão) é só uma questão cronologica pois não lembro da data que escrevi isso...