O MEDO DO AMANHÃ
Eu temo pelo dia de amanhã
Quando tudo perderá o sentindo
E então o homem experimentará o afã
De viver sem nunca ter vivido.
Eu temo o futuro da humanidade
Que se sustenta na mentira da fé
Mas quando descobrir a verdade
Há de sentir-se sem pé
E esta falta de onde se sustentar
Há de levá-lo a um nada de vontade
E então há de se desesperar
Ao buscar na morte a única verdade
Sombras escuras surgem no horizonte
Como prenúncio de dias ruins
E o homem outrora tão importante
Encontrará o abismo e seu eterno fim