VIAGEM PARA DEPOIS DE 2012
Vou de malas vazias, a roupa do corpo
Será bom conteúdo para um destino
Que não se tem. O ideal torto, não morto,
Faz trajetos de minuto em minuto.
E faz do menino pleno desatino
Àquele que chega ao fim da tormenta,
E em homenagem ao acaso, tenta
Cantar seu símbolo, seu canto, seu hino.
Caminho entre escombros, nuvem de poeira,
Os restos mais leves do que era sólido,
Do pó a que se retornou bem mais rápido...
Não houve viga que resistisse à soleira,
Não houve Trópico que não fosse gélido,
Não houve pedra que não fizesse lápide.