"SE EU MORRESSE AMANHÃ" I
©Soaroir Maria de Campos Set.15-2006
São Paulo, Brasil
"SE EU MORRESSE AMANHÃ"
I
Amanhã um dia, se finalmente, o dia,
vir de lá de cima a ordem pra partir,
a mais intensa febre de agror
das imputadas penas eu buscarei remir
do ventre inda aquecido por este calor
– Ontem não pude vos dar amor! Eu sei.
Vinde aos meus seios, agora vos esperam...
Não devíeis assim ter partido! Errei...
Quero no Céu ter uma brecha permanente,
um novo começo para as vidas desmedradas,
guardadas neste mofino quarto quente,
pelo meu amor ainda abaetadas.
Silente Existência vinde repartejante
a quem hoje a Vida foi quem abortou
arrependida e eternamente penitente.