Lágrima de saudade

Lágrima de saudade

Crescia e se esparramava

se difundia,

explodia

e assim se multiplicava

Descia no seu caminho

e tudo era

sendo única descia

e em volta não optava, era só,

límpida,

tudo bem longe de ignóbil

Porque pulando de

verdade em verdade

voava pelo mundo

contava a vida que vivia

o sonho que crescia e ao longe

dizem para se ir

pedindo para ancorar em janelas

grandes, pequenas

mágicas, contrárias.

Prefere-se em choro sua presença

do que em seco sua falta

se morre, vive-se, grita-se e alegra

em pensar no agora do passado

que vive sem memória

Porque se multiplica crescendo

vivendo, matando, somando

cada segundo precoce

que mostra à semente

da flor da primavera

que não é vã,

então difunda e chore

seu sentimento doce de mel

feito pelas mãos dessa abelha

que vaga só no Sol frio de um sonho

A solidão, no fim do início

anuncia o impossível aos olhos

do que se entende por colóquio

se decide e portanto cresce e se vai

se reflete e sacrifica na entrega dos sentimentos

dos sonhos cuja perfeição só se pega

a resposta para o fim

Por quantas vezes em vida

que descete pelas faces

em sonhos junto ao céu cruel

do enfoque do mundo

Tanta raiva em triste som

que se encontra à luz da escuridão

por vagas páginas do encalce do livro

de quadros oníricos

dos calos do mundo

da luz que nao sei se é escuridão

que agora em forma de brisa

se transforma ao ardor do Sol

Dois de corpo e alma

como o sangue é amargo

em veias.

E em mente ampara-se o debate

do desejo e saltitam

nos cálices de vinho de quem sente

Porque junto a realidade

se faz com a fantasia e cresce

com o sonho em pesadelo vivido

ser ou nao ser do ponto mórfico da vida

Enfoco aqui em diante do lápiz

que lhe escreve o desabafo

que me arrancaste.

Que por alguém sentirá ou sente-se falta,

em pensamento o Sol fica sem brilhar ou a Lua

em noite foge do trabalho de amparo.

Sonho sem vida é vida sem vida

porque na morte se vive com ti vilã

se vive com morte, se morre com vida

e assim tudo que sente se vai

se mata

em completo paradoxo

de viver ausente

Morre-se vivo

morre-se com a lágrima da vida

a SAUDADE

Ass: Danielle Rodrigues Guimarães

Danielle Rodrigues Guimarães
Enviado por Danielle Rodrigues Guimarães em 29/11/2009
Reeditado em 04/02/2010
Código do texto: T1951248
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