Tarde de novembro:

Ela chegou, com o circo.

Numa tarde de setembro

Trazia nos pés sua dança

No corpo toda sua beleza

Desfilando pelo picadeiro

No seus pés sua herança

Seu canto a todos cativava

Seus pés deslizavam livres

Naquela pista improvisada

Pobre, feita de chão batido.

Onde, dançava suavemente.

No ritmo, de sua castanhola.

A todos nós ela conquistou

A ninguém disse seu nome

E se disse, eu não lembro.

Um dia ela partiu ia sozinha

Deixando o circo para traz

Em uma tarde de novembro

O velho circo virou tapera

Como a pista improvisada

Que ela abandonou um dia

Sem ao menos se despedir

Deixando apenas, saudade.

De sua dança, e sua alegria.

vovonei

Pelotas: 13/07/06