POEMA DO PERFIL

Duas retas que se cruzam criam um ponto;

Uma estrela distante é um ponto de luz...

Eu sou o que define a cruz e a estrela:

Um argumento perdido, o vento que vagueia

Noites de tristeza, manhãs de acalanto;

Enormes ondas que conduzem ao porto-

Horizonte esboçado simplesmente em cor.

Não se preocupe em me conhecer,

Pois a cruz se desfaz, a estrela se apaga:

O corpo sofre e a energia sublima.

Vejo que esperas por detalhes.

De mim nada mais terás. Talvez, somente,

cinzas, brilho extinto- que se tornam vida,

Por aí, no cosmo, sumida ou, o que dá no mesmo,

vivida.

F.A.

Filicio Albara
Enviado por Filicio Albara em 29/11/2009
Código do texto: T1950361
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