Pássaros na tarde

Na tarde que vai alta,
pássaros calados,
meus versos têm penugem
de sonho acordado.
Não vieram na infância,
nem no amor abençoado,
meus versos têm fuligem
de cinzas do passado.
Na paixão das meretrizes
ou na voz de anjos alados,
meus versos seguem virgens,
brancos, tortos e ousados.
Não têm berço de arco-íris,
nem da chuva, alinhavo,
meus versos sem origem
são crepúsculos caiados.



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meriam lazaro
Enviado por meriam lazaro em 28/11/2009
Reeditado em 17/11/2011
Código do texto: T1949553
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