DELÍRIOS
Não te amo como se fosses a rosa de sal, topázio
Ou flecha de cravos que propagam o fogo
Te amo como se amam a claridade
Secretamente entre o sol e a alma ...
Escuta outras vozes em minha voz dolorida
Vou fazendo de todo o amor suave como uva
E as vejo distantes minhas palavras
Como a pegada da gaivota nas praias...
Um sol negro e ansioso te enrola nas ervas
Da negra melena, quando estira os braços
Tu brincas com o sol como um arroio...
E ele te deixas nos olhos escuros remansos
Meu coração sombrio te procura, sem embargo
Borboleta morena doce como o trigal e o sol...