Autovingança

Resides meu caro, num caráter inóspito

Pertinente e decadente a falescer,

Assinas meu velho, de vez o teu óbito

E em brusca trama, tente renascer

São poucos, os que confiam-te o dorso

Que bradeiam-te ou beijam tua mão

Perdestes a hospitalidade de bom moço

Que um dia tiveras junto ao coração

Vingue-se amigo, deste que um dia

tivera a promíscua ousadia

de ver-te assim, a viver a esmo

Vingue-se amigo, deste que o ignora

O mesmo que a ti sempre implora

Vingue-se apenas, de você mesmo

Bernardo Reis
Enviado por Bernardo Reis em 28/11/2009
Reeditado em 26/07/2023
Código do texto: T1948967
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