SOBRIEDADE DO ESCORPIÃO - CAMBALEANDO.
Pois é, Poesia!...
Quebraste a taça de cristal na face
De um jovem poeta, pra que lhe ofuscasse
O brilho do sorriso, e transformasse
Em sangue o vinho que na taça havia.
E derrubaste
Em mim as construções “apenas arte”
Arte pirotécnica
Pira pura
Pura técnica
Tu que és metáfora
E eu nem anáfora
Nem atinjo a seta
Nem a mente
Nem a meta metade que teu brilho afeta
Nem mesmo a mensagem
Nem ao menos a metalinguagem.
Pois é, Poesia!...
Livre, o teu poema tanto me inebria
Como ainda pouco na taça eu bebia
O beijo teu nos lábios meus, sorvendo
O hálito frescor de hortelã
Um hipérbato de amor, paixão, tu escrevendo
E eu partindo um soneto em enjambement
Mas veio a cesura
No verso que teu ofício
Não atura
Este artifício
Poesia livre, leve, liberal
Na construção
Do verso em voo de liberdade
Com sobriedade
Natural
Tu és gaivota e eu escorpião
E ponho neste poema, com o esporão,
Ponto final.
Pois é, Poesia!...
Quebraste a taça de cristal na face
De um jovem poeta, pra que lhe ofuscasse
O brilho do sorriso, e transformasse
Em sangue o vinho que na taça havia.
E derrubaste
Em mim as construções “apenas arte”
Arte pirotécnica
Pira pura
Pura técnica
Tu que és metáfora
E eu nem anáfora
Nem atinjo a seta
Nem a mente
Nem a meta metade que teu brilho afeta
Nem mesmo a mensagem
Nem ao menos a metalinguagem.
Pois é, Poesia!...
Livre, o teu poema tanto me inebria
Como ainda pouco na taça eu bebia
O beijo teu nos lábios meus, sorvendo
O hálito frescor de hortelã
Um hipérbato de amor, paixão, tu escrevendo
E eu partindo um soneto em enjambement
Mas veio a cesura
No verso que teu ofício
Não atura
Este artifício
Poesia livre, leve, liberal
Na construção
Do verso em voo de liberdade
Com sobriedade
Natural
Tu és gaivota e eu escorpião
E ponho neste poema, com o esporão,
Ponto final.