PÁGINA EM BRANCO

Tenho palavras para dizer,

Mas minha voz emudece,

Então pego a caneta

E uma página em branco.

Ela cresce, agiganta-se...

Mesmo tremendo-me a mão

Rabisco a primeira estrofe

Do poema que tenho na mente.

Leio, releio e me odeio

Por não ter coragem de falar

E de precisar de papel

Para dizer que te amo.

Desisti. Dobrei e rasguei o papel

Num momento de insano ciúme

De qualquer mulher que possa ler

Os versos que fiz para ti.

15/07/06.