sem título (geralmente não coloco títulos em poemas)
Escrever é tatear as idéias com os dedos
Como nestas pinceladas digitais
É o esmero das palavras
Que surgem em borbotões sem sentido
Captam-se e revelam-se em sinais
Remete-me ao limiar da égide
Viagens sem par
Onde me sinto livre verdadeiramente
Único condutor de mim
Sem destino neste mar
Interminável odisséia
Viagens... viagens...
O que resta são sinais precisos
Do que dentro de mim
Ecoa como frases virgens
Este exercício me mantém calmo
Conciso em meu palmar
Pasmo de tantas luas a ver
Inquieto por mais e mais
22/09/1998 PF