Mãos
 
Mãos rasgadas pelo insulto
do rosmaninho sentido
pelo alvor da força cobarde
 
Mãos calejadas pelo odor
de sentimentos translúcidos
por épocas trasbordantes
 
Mãos trémulas    irrequietas
sob o olhar de uma criança
no pátio coberto de nuvens
 
Mãos sequiosas    firmes
pelo crepitar da lareira
esquecida no verão quente
 
Mãos esquecidas     silenciosas
na quietude do vai vem lunar
por terras férteis verdejantes
 
Mãos longas pelo fracasso
do tédio da vida sem rosas
no paraíso turbulento.
pedrovaldoy
Enviado por pedrovaldoy em 28/11/2009
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