DOIS GUMES...
Dois gumes...
Aços a tinir reluzente, laminam afiados...
Fere ao ouvir se pergunta perfume de
sangue quente fluir em peito abrasador,
que arfa ao negar que sente, ciúme dor de amor.
umedece a pele da onça que parda pálida ficou.
Ruborizando feridas cicatrizadas no amor.
Garras afiadas, ferem, faca de dois gumes
ciúme dor de amor.
Brio arrebata onça, contunde cicatrizes
lambedela camaleão, entre a língua e o olhar
da serpente, te desvendo e te desnudo
amor ciúme. Flor... desabrochar no vaso que semeou...
Destroça peito arfante faca que penetrou,
laços desatados panos desenrolados sedas...
Miúda flor pálida onça felina, rubra tingiu a dor.
Ciúmes dor de amor, maciez de um corpo.
por ter sido sedutor!
Onça mansa como pomba, astuta como cobra,
muda camaleão. Dois gumes, ciúme dor de amor.
Sangrou vestígios de outrora, ouvir a revelação
desvendar histórias.
Fere mais se tem dois gumes a faca que adentrou,
sedas cataplasmas laços desfazem dor. Pálida
parda onça, ciúme dor de amor. Camaleão
troca de pele pomba dá mansidão, onça astuta cobra.
Águia transformou... Dois gumes.
deth haak 18/03 2005