VENTOS DEUSES

Nesses dias de movimentos estranhos

Em que não encontramos muita calma,

Bichos correm soltos, longe do rebanho,

Coqueiros se despedem de suas palmas.

Voam longe também os pensamentos

Sem saber qual ponto de chegada.

Quem sabe um dique, por um momento

Daria alívio a esta enxurrada.

Tempestades duram pouco,

Mas tornam perene a agonia.

Parecem uns deuses loucos

Buscando calma n’água fria.

Cabe a nós entender tal passagem,

Aceitar ou talvez fazer uma prece.

Se os ventos encontram paragem

Encontramos paz, quando amanhece.

Tarcízio
Enviado por Tarcízio em 27/11/2009
Código do texto: T1946910
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