VENTOS DEUSES
Nesses dias de movimentos estranhos
Em que não encontramos muita calma,
Bichos correm soltos, longe do rebanho,
Coqueiros se despedem de suas palmas.
Voam longe também os pensamentos
Sem saber qual ponto de chegada.
Quem sabe um dique, por um momento
Daria alívio a esta enxurrada.
Tempestades duram pouco,
Mas tornam perene a agonia.
Parecem uns deuses loucos
Buscando calma n’água fria.
Cabe a nós entender tal passagem,
Aceitar ou talvez fazer uma prece.
Se os ventos encontram paragem
Encontramos paz, quando amanhece.