Volúpia.
Ainda linda fulge em tanto encanto
Resisto em misto torpor, canto o espanto;
Maldigo e sigo teu rasto e desgasto,
Mendigo e brigo por restos e gestos.
A musa abusa me explora e devora
Descansa e dança tão bela e singela
A boca louca hesita, berra e erra,
De todo modo, sou farsa e disfarço...
Quisera a fera ter basto repasto
O cerne, a carne e tudo posto a gosto,
Apela a pele num gozo fogoso
No rito um grito que nefasto ou casto,
A causa acusa na dura tortura,
A mente sente, a fera insurge e ruge.